sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

27º DIA BUENOS AIRES - CHUÍ


A principal atividade para o dia seria a travessia do Estuário do Rio da Prata a bordo do Buquebus Eládia Isabel. Com a apresentação no porto marcada para as 07:30 e com o café da manhã do hotel começando a 06:30 depois de uma noite curta devido ao show de tango, excelente por sinal, na Esquina Carlos Gardel estava tudo ajustado nos minutos. Tudo certo malas prontas, café tomado, quem estava pronto e abastecido partiu para o porto e quem precisava abastecer tinha que ir rápido. Eis que de repente vem a noticia. O carro da Maria Lucia/André esta com a bateria arriada. Como? A bateria nova comprada em El Calafate já era? Bem a geladeira interna do carro consumiu mais do que o previsto e o estraga estava feito. Vitor que normalmente faz a chupeta já tinha ido. Pega fonte externa e nada, procura outro cabo e o estacionamento esta escuro complicando as coisas. Bó chega com  o carro e encosta no lado para fazer a chupeta e ..........nada. Deixamos a chupeta armada para carregar a bateria e vamos procurando outras alternativas. Guilherme e Orlando vão logo abastecer. Finalmente na enésima tentativa o carro pega e vamos rápido para o posto. Pelo  zap zap recebemos a informação do Demir, que iria na barca rápida com partida mais cedo de que o serviço era lento e sem maiores atropelos. Vitor de lá fala pelo rádio que o cais esta vazio e ele é praticamente o primeiro carro. Para finalizar o inicio acelerado do dia chegamos todos a tempo para os tramites burocráticos e embarque no Buquebus.

No horário saímos para as três horas de travessia que por sinal foi bem confortável pois o barco tem poltronas bem arrumadas e várias mesinhas para você ficar conversando. Uma passada rápida no Freeshop que tem os preços bem caros. Almoço na lanchonete pois no desembarque em Colonia Sacramento não teremos tempo para nada, porque teremos que rodar mais de 500 km começando pouco depois das 13:00 horas.

Começamos então nosso deslocamento que andou bem apesar dos diversos pedágios onde a falta de peso uruguaio com os participantes da expedição gerou diversas artimanhas para conseguir pagar sem penalizar muito o cambio. Na verdade a melhor forma era pagar em real pois com R$ 10,00 você pagava e ficava com o troco de 2 pesos. Só para ter ideia o valor do pedágio era de 70 pesos uruguaios. Passamos em Montevideo fazendo o contorno pelo litoral apreciando a bela paisagem. Paramos para uma rápida foto e novamente fomos a estrada agora saíndo na direção de Punta del Leste e depois pegando a Rota 9 direto para p Chuí. Já havíamos feito uma parada pouco antes de Montevideo e fizemos a segunda em Rocha. A estrada tranquila só causava alguma demora quando da ultrapassagens mais via rádio conseguíamos acelera-la na maioria das vezes.

Já escurecia quando fizemos o tramite burocrático na aduana uruguaia em Chuy e depois de uma demora inicial fomos rapidamente liberados. Acho que o agente não gostou de ter sua conversa no telefone interrompida pelos barulhentos brasileiros. Mais alguns poucos quilômetros e depois de 27 dias rodando e mais de 12.000 km depois chegamos finalmente ao Brasil. Satisfeitos pelo muito que fizemos mais com uma vontade danada de comer um arroz com feijão, que por sinal foi o prato da noite no jantar do hotel.

Para amanhã um dos maiores desafios da expedição que será percorrer integralmente os cerca de 240 km de areia pela praia entre Barra do Chuí e a Praia do cassino já em Rio Grande.