15º DIA ARICA - SAN PEDRO DO ATACAMA

A alvorada foi cedo pois marcamos de sair as 06:00 da manhanã para cobrir os cerca de 800 km até San Pedro do Atacama. Pela hora da saída não teríamos o café da manhã e no dia anterior fomos a um mercado próximo para preparar um lanche para o dia. Com o GPS atualizado com os mapas do Chile, ainda estava escuro quando pegamos a Ruta 5 em direção a Iquique. Logo no inicio um trecho de 18 km em um peso de terra batida foi ultrapassado com tranqüilidade. As longas subidas e descidas eram uma preocupação quanto ao desempenho do carro do Roberto com o problema de super aquecimento. Fazendo as paradas preventivas fomos sem maiores problemas cruzando pelo meio do deserto, com a paisagem bem agreste e inóspita A dificuldade em conseguir paradas com lanchonete e banheiro continua e mais uma vez o improviso resolveu a situação, A rodovia tem sua altitude média em 1000/1500 metros e não é pelo litoral. Quando temos que cruzar um rio descemos tudo para em seguida subir novamente. Deixamos a 5 para a Iquique e logo passamos por uma antiga mina com as instalações ainda de pé. Começamos a descer e na chegada a cidade somos brindados com um visão belíssima da cidade, com seu litoral bem cuidado e com inúmeros parapentes voando. Descemos para a cidade procurando a Zona Franca mais infelizmente as informações obtidas anteriormente se confirmaram e todas as lojas estavam fechadas pois não trabalham no domingo. Como iríamos seguir agora para Tocopila pela rodovia costeira o GPS traçou um caminho que levou o comboio a cruzar praticamente toda  a cidade por uma avenida litorânea, sendo algumas vezes saldados  por outros veículos, perguntando sobre o Brasil e dizendo por vezes que já haviam vindo ao Brasil. Achamos um posto BR na beira do mar e conseguimos banheiros e uma lanchonete. Abastecidos saímos acompanhando o litoral com o oceano pacífico mostrando todo o seu vigor. Mais ou menos a meio do caminho em um posto fiscal chamado El Loa tivemos que cumprir um rápido tramite burocrático.

A o final da tarde finalmente chegamos a Tocopila e paramos em um posto para fazer mais uma avaliação do superaquecimento. Parada rápida pois ainda teríamos cerca de 200 km até Calama e mais 100 km até San Pedro do Atacama. Para tentar dar uma média mais rápida para o comboio decidimos deixar o Roberto, Evanilson, Luis e Chapéu na cidade para fazer um reparo de emergência, enquanto os demais seguiriam imediatamente com o programado para o dia. Com cerca de 100 km rodados recebemos via rádio a comunicação entre o Roberto e o Luis e também tentamos contato conseguindo estabelece lo com 30 km entre os carros. Muito bom os rádios PY nos carros. Os HT também estão fazendo bonito. Estavamos com bom rendimento, em uma estrada com retas sem fim que de alguma forma não nos deixava perceber que estavamos novamente subindo para os 3000 metros, quando a cerca de 30 km de Calama o carro do Toledo também tem um superacimento e paramos por duas vezes. Na segunda decidimos esperar o pessoal que estava logo atrás e quando ele chegou, olhou e mandou rodar. Estava quase anoitecendo quando chegamos a Calama, cidade com boa estrutura com sua economia baseada na exploração do cobre e de outros minerais. Logo na nchegada passamos por Chuquicamata que vem a ser a maior mina do mundo. Se você fizer uma conta rápida de que a cada 100 ton processada somente 3 são aproveitadas, imagine a montanha de resíduos. Já estava um pouco cansado e procurando um posto para o abastecimento passei ao lado de um e não vi. Imagine 10 carros para fazer um retorno em um sinal com 4 tempos de passagem. Que demora. Abastecidos seguimos então para San Pedro e como havíamos comentado queríamos fazer o trecho a noite para observar o céu no deserto. Fomos porem surpreendidos pelo intenso trafego de veículos e devido a termos começado nossa jornada as 06:00 da manhã nos preocupamos apenas em chegar com segurança.
Perto das 21:30 chegamos ao Hostal Don Sebastian, seguindo as informações do GPS  e nos instalando em confortáveis “habitaciones”. Para comemorar a chegada fomos jantar para encerrar o puxado dia com chave de ouro.