sexta-feira, 31 de agosto de 2012

13º DIA PUNO - AREQUIPA

A altitude continua cobrando seu preço aos participantes da expedição. De uma maneira geral todos sentiram alguma alteração, em maior ou menor grau e nos mais variados sintomas. Para não me alongar mais, as noites não são bem dormidas e em consequência todos estavam prontos antes da hora marcada para sairmos, pois Arequipa a essa hora tinha uma atração a mais. É localizada a cerca de 2300 metros de altura e Puno ficaria para tras com seus 3850 metros. O frio também estava presente e com - 0.5°C os carros partem de maneira bem diferente do que o normal.
As 07:45 horas começamos o deslocamento já com os veiculos abastecidos e em comboio para atravessar mais uma vez a cidade de Puno. Sem maiores contratempos conseguimos o nosso intento e partimos para a primeira atração do dia que eram as Chullpas de Sillustani, um complexo arqueológico na região de Puno a cerca de 25 Km da cidade. A região é voltada para o turismo e existem algumas comunidades abertas a visitação no caminho e o parque em si é muito bem estruturado e por 10 novas soles por pessoa podemos subir a colina e desfrutar das informações e da vista muito linda do lugar. Pelos fatos já relatados anteriormente poucos se aventuraram a subir a colina, mais quem foi gostou. Uma parte do grupo se adiantou para visitar uma das comunidades rurais e por volta das 10:00 horas nos reunimos novamente para seguir em direção a Arequipa.
O caminho normal seria retornar até Juliaca, e a seu transito caótico, e pegar a PE-24 para Arequipa. Pelos mapas de "rutas" peruanos tinha idéia de cortar caminho por uma estrada de terra. Perguntei ao nosso guia do passeio as "islas" e ele falou que não tinha passagem. Já no parque programei o gps e a estrada apareceu, perguntei ao pessoal do parque se dava para passar e falaram que "si". Então lá fomos nós pela PU-121 em direção a Cabana e posteriormente a PE-24. No inicio a estrada estava bem marcada e tratada, inclusive com marcação de quilometragem, de repente uma indicação de saida a direita, com a placa D CABANA, com um piso completamente diferente do que vinhamos rodando, que na hora não percebi indicar - Direção Cabana. Segui um pouco mais e o gps perdeu a estrada, porem um marco de quilometragem não ajudava em nada a resolver a questão. Resovemos então fazer a volta e retornar até a placa e lá o grupo aguardou enquanto vazia uma exploração. O gps acordou novamente e encontrei uma pessoa da região a quem pedi informações, que confirmaram ser a estrada correta. Seguimos então por uma estrada bem ruim, com uma baixa média de velocidade, por uma região não muito difernte das que já haviamos passado. Já proximo a cidade um grande projeto de canalizações para irrigação nos confirma que estamos chegando. Passamos pela cidade, bem pequena e seguimos por cerca de 4 km até o asfalto. Valeu a pena.
Na PE 24 em direção a Arequipa fizemos uma parada em Santa Lúcia para um pipi stop, o primeiro lugar que paramos era um restaurante que não tinha banheiro em condições. Ressalvo que a informação foi passada pelo funcionário/proprietário do local. O Lucio foi fazer uma exploração e achou um lugar, que a principio era um "paradero" de onibus e tinha "banõs", porem decidimos para em um "grifo". Logo que paramos a moça que abastecia informou que custava 0,50 novos soles usar o banheiro. Não teve problema. Depois apareceu outra cobrando 1 novo soles para o banheiro que tinha papel e água. Papel nos tnhamos e ficamos com o 0,50 que também tinha papel e agua. Vai entender.
Seguimos então em frente passando pelo primeiro "peaje" de 3,90 e o pessoal já animado porque estariamos descendo dos 4000 metros quando surge a um imenso lago que compoem a Reserva Nacional de Laguna Salinas e Aguada Branca. Muito bolnita tem um "mirador" onde paramos para as tradicionais fotos. Sequimos adiante e a paisagem é de deserto, e o altiplano andino continua na faixa dos 4000 metros para a impaciência de alguns, que torciam para descer logo. Ao longe vai aparecendo o conjunto de montanhas onde o Vucão Misti domina a paisagem. Passamos em mais um pedagio e depois de um trecho que realmente lembra o velho oeste, inclusive com a ferrovia presente, começamos a descer a "serra" em uma estrada com muitas curvas e com algum movimento. A paisagem muda bastante, ainda com pedras mais agora com inumeros cactos, mais abaixo um belo vale todo ocupado com produção agricola e mais abaixo, já em Yura uma enorme fábrica de cimento.
As 15:30 horas depois de cerca de 300 km rodados adentramos a cidade de Arequipa, onde abastecemos e já com a Posada San Agostin - Monastério no gps seguimos em frente com muito falatório no rádio, para chegar sem maiores problemas.
Embora constasse da encomenda do pacote Peru-Interandina, o hotel não tem garagem, por sorte bem proximo existia uma e que estava com vagas. Ficamos por lá com um pagamento de 20 novos soles por noite.
Embora cansados a maioria saiu logo para a Plaza D'Armas de Arequipa que ao vivo é muito mais bonita do que por fotos.