quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

6º DIA MENDOZA - MALARGUE

Depois de um ótimo pernoite no Amerian Executive em Mendonza alguma confusão na saída pois os carros estavam em La Playa na rua de tras e tínhamos muita bagagem para levar. Vans de transporte de turistas ocupavam a frente do hotel e depois de ajustes resolvemos arrumar o comboio na frente do hotel, mesmo que custasse transtorno no trânsito. Seria e foi por pouco tempo. Rodamos fácil pela cidade e na hora de acessar a Ruta 40 mais uma vez o GPS 0rega uma peça pois não indicou a saída correta e só depois de achar que “tava demorando”  recebi uma contestação via rádio que fez com rapidamente acertasse para o rumo correto. Outro evento na saída de Mendoza foi relacionado a utilização do rádio. No dia anterior já havíamos percebido que os argentinos a utilizavam também mais não soubemos dimensionar o fato. Hoje na saída combinamos falar somente o indispensável  mais mesmo assim escutei o trafego local. Resolvemos então preparar uma alternativa em caso de nova ocorrência e deixamos para falar na frequência somente depois de 40 km de Mendoza. Mesmo assim não  houve jeito pois depois de me identificar na fonia compreendi que ela era utilizada por uma rede operacional de alguma repartição/empresa e realmente estávamos causando algum transtorno. Fim do assunto, mudamos de frequência.
Na saída de Mendoza paramos na Bodega Chandon para uma visita e compras e foi um tempo bem gasto pois um grupo ficou nas compras e outro fez a visita guiada. Muito bom evento. Seguimos então para Pareditas onde faríamos um lanche e definiríamos o caminho a utilizar para chegar a Malargue. Como não saímos tão cedo de Mendoza e ainda fizemos a visita só chegamos as 13:00 horas e para nossa sorte no único e pequeno posto de abastecimento da cidade tinha um comedor/restaurante muito bem arranjado e que servia um sanduiche de pão, presunto e queijo de melhor qualidade. Só para ter ideia ela dava tranquilamente para duas pessoas. Pão muito gostoso e um atendimento muito simpático por parte de duas senhoras. Depois soubemos que o local já é conhecido por estes aspectos.
Decidimos então ir direto pela Ruta 40 que teria o maior trecho de terra/rípio mais seria o mais curto em km. No inicio a estrada estava meio feia, com a vegetação maltratada e com alguns vestígios de ocupação humana, mais depois de percorridos pouco mais de 20 km a exuberância de vegetação local chegou para ficar. A atmosfera selvagem e você inserido naquela imensidão dão uma sensação que somente quem la esta pode sentir. Comboio rodando bem e de repente uma curva bem fechada com o inicio de uma das descidas nos cânions para cruzar os cursos dágua. Uma rápida explicação. A estrada cruza uma região que é cortada por quatro cursos d’água que correm cerca de trezentos metros abaixo do nível do terreno, obrigando a estrada a descer pelas laterais do terreno proporcionando um excelente visual mais a deixando bem sinuosa. Para encurtar a historia na 1º canion a descida e subida estavam ótimas, só nos preocupando e pegar ângulos para as fotos. No 2º canion algumas poucas erosões já nos faziam ter mais atenção na estrada para evitar qualquer surpresa, Pois bem, chegou o 3º canion e estava tão deteriorada a estrada com inúmeras erosões, atoleiros e pedras soltas que nem me perguntem qual era o visual. Algumas atoladas, sinalizações, caminhos alternativos e sangue frio nos tiraram da situação. Minha preocupação agora seria com o 4º canion. O que ele nos reservaria? Para nossa sorte somente muita pedra solta, o que a esta altura, depois de mais de 100 km de estrada, nos já estávamos tirando de letra. Pelo menos achávamos isso. Uma chuva forte armou mais não chegou a nos pegar e finalmente depois de 3 horas de estrada já estávamos na reta final para El Sosneado onde encontraríamos o asfalto. Papo vai papo vem e de repente na fonia – Ih, o Orlando rodou !!!!. Apoio rapidamente chegando e ficou tudo só no susto, porem com o alerta de que com as pedras soltas na pista estabilidade do carro fica bem prejudicada. Finalmente depois de 4 horas completamos o trecho muitos registros para mostrar aos amigos, histórias para contar e imagens, como a do Vulan Dyamante, que vimos com nossos olhos que ficaram somente para que aqui esteve. Só para registro, na chegada a El Sosneado muitos poços de petróleo funcionando com seus cavalos de aço.
Pipi stop rápido no posto de abastecimento e seguimos para os 50 km finais até Malargue em uma estrada asfaltada da melhor qualidade. No hotel Malargue In Suites ótimas instalações e uma animada aula de hidroginástica para relaxar a galera. A noite um jantar no hotel temperado por uma rápida e forte chuva de granizo que assustou quem tinha deixado o carro fora da garagem coberta.

Rodamos hoje 340 km e já passamos dos 4000 km na viagem.