Dia livre para passeios e o
escolhido foi a ida a Península Valdés. É uma grande área protegida onde a
maior atração são os inúmeros locais onde podemos ver bem de perto os Leões
Marinhos, os Elefantes Marinhos, Pinguins e muitas aves, além dos onipresentes
Guanacos. O local é muito bem estruturado e permite um excelente integração com
outros animais como o Coin Chico e tatus que andam livremente pelo estacionamento
exigindo certo cuidado na manobra com os carros.
Pouco antes das oito abastecemos
e seguimos por estrada asfaltada até a entrada da Área de Proteção Ambiental
Península Valdés. Pagamos o ingresso de 260 ARS por pessoa e seguimos por mais
20 km, ainda de asfalto, até o centro de visitantes. Super bem instalado dispõe
de maquetes, exposição fotográfica, murais com a história local, cinema e loja
de conveniências. Ficamos bem impressionados também com o mirante e a trilha na
estepe patagônica mais o que realmente impressionou a todos foi a qualidade do
banheiro. IMPRESSIONANTE, acho que em nenhum dos hotéis que ficamos na viagem,
e olha que o Demir caprichou nos 3 e 4 estrelas. Tinha banheiro superior. Pode
ser igual, melhor não. Espero que fique assim por muito tempo.
Saído do Centro de Visitantes
pegamos uma pequena trilha até o mirador das Ilhas dos Pássaros. Interessante
por ser o berço da ocupação na região existindo até uma replica de uma capela
dos anos 1700 e que depois de ser destruída por “patagones malos” foi reconstruída
posteriormente. Voltamos a estrada para a próxima atração que seria uma “loberia”
perto de Puerto Pirâmides. No caminho para a cidade somos parados pela policia
que informa ter ciclistas na pista. Depois percebemos que se tratava de um
biatlon ou triátlon e que interditava varis ruas de uma cidade que tem apenas
seis. Imagina um comboio com 10 carros chegando e o salseiro esta completo.
Discuti com um argentino que desviava o trânsito e fui até a secretária de turismo,
onde fui muito bem atendido e informado que não podiam fazer nada. Moral de
história, deixa a “loberia para lá e de quebra Puerto Pirâmides também. Se
tiver que voltar por aqui são cartas fora do baralho.
Rodamos agora por um excepcional
estrada de rípio com o destino a Punta Norte, nossa próxima atração onde veríamos
uma “loberia”. Chegamos e mais uma vez ficamos surpreso com a estrutura de “banos”
e “cafeteria” além de guarda parques. Paramos o carro no estacionamento e
sentimos uns cheiros estranhos e ao seguirmos para o mirante na praia e de
repente parece que uma cortina se abre e na praia muito perto da gente uma infinidade
de Leões Marinhos. Famílias completas, uma barulheira danada, entreveiros entre
eles e um mal cheiro de promeira. Fotos e mais fotos depois seguimos agora pela
estrada costeira em direção a Caleta Valdes / Punta Castor. A estrada passa bem
perto da praia e tinha no GPS a indicação de outra atração mais ao chegar ao
ponto existia uma cerca. Continuamos em frente e adiante demos uma parada para
fotos. A cerca estava em no chão, bem danificada e nos aproximamos da praia. Fizemos
algumas fotos e um argentino que passava nos informou que não era permitido
sair dos carros fora dos mirantes. Entramos nos carros e seguimos para as
outras atrações e realmente logos após onde paramos vimos algumas placas
informando “no bajar a playa” Seguimos a orientação pois o lugar é muito bonito
para não ter as normas respeitadas.
Chegando a Punta Castor paramos
em uma Pinguilera e vimos os Pinguins a centímetros. Famílias inteiras, novos,
velhos. Acordados e dormindo. Uma beleza. E toma-lhe fotos. Próximo destino o
mirante de Caleta Valdés onde a atração são os Elefantes Marinhos. Muito
bacana.
A tarde ia chegando, almoço em
movimento nos carros e vamos lá que essa vida de turista é dura. Quase 16:00
horas e a informação era de que a última atração em Punta Delgada fechava as
16:00 horas e estava a cerca de 40 km de distância. Avaliamos e a decisão foi
de tentar pois no máximo desfrutaríamos da excelente estrada de rípio sem ter
que passar por um trecho que já havíamos passado anteriormente. Chegando em
Punta Delgada a porteira fechada não intimidou e fui até as instalações do
Restaurante e Hotel que funciona no local. Os demais carros ficaram na porteira
aguardando via rádio a decisão de entrar ou não. Fui atendido por uma menina
que trabalha no restaurante e ela disse que as visitas já haviam se encerrado
mais se eu aguardasse 15 minutos ela me levaria ao mirante apenas para rápidas
fotos. Aceitei mais informei que o total era de mais de 20 pessoas em 10
carros. Ela arregalou os olhos mais manteve a oferta. Via rádio e dada a
informação e o comboio “invade” a propriedade que hoje ainda funciona como
Hotel e Restaurante e que também dispõe de um Farol muito antigo e importante a
navegação da região. Na visita ao mirante tivemos oportunidade de conhecer o
pequeno museu que lá funciona. Do mirante uma vista muito bela e mais Elefantes
Marinhos espalhados pela praia.
Já era tarde quando iniciamos o
regresso para Puerto Madryn, inicialmente 70 km pelo rípio e depois mais 90
pelo asfalto. O dureza foi cumprir a limitação de velocidade de 60 no rípio
pois já havíamos também sido alertados pelo limite, inclusive com muitas placas
na estrada. A estrada é um convite a acelerar um pouco mais e deixar o carro
dar aquela saidinha que você controle com pequeno movimento do volante e com a
aceleração mais um carro capotado em uma das curvas nos alertava de que o
limite era para ser cumprido. No asfalto outro martírio pois a estrada ainda é
dentro do parque e não identificamos nenhuma placa de limite e adotei o 80 km.
Tudo que é argentino passava voado mais aguentei firme até a portaria. De lá
veloc liberada até Puerto Madryn onde chegamos por volta das 19:00 horas
cansados mais com a certeza de ter vivenciado a natureza bem perto de sua forma
mais bruta.