Depois de um ótimo pernoite no
Amerian Executive em Mendonza alguma confusão na saída pois os carros estavam
em La Playa na rua de tras e tínhamos muita bagagem para levar. Vans de
transporte de turistas ocupavam a frente do hotel e depois de ajustes
resolvemos arrumar o comboio na frente do hotel, mesmo que custasse transtorno
no trânsito. Seria e foi por pouco tempo. Rodamos fácil pela cidade e na hora
de acessar a Ruta 40 mais uma vez o GPS 0rega uma peça pois não indicou a saída
correta e só depois de achar que “tava demorando” recebi uma contestação via rádio que fez com
rapidamente acertasse para o rumo correto. Outro evento na saída de Mendoza foi
relacionado a utilização do rádio. No dia anterior já havíamos percebido que os
argentinos a utilizavam também mais não soubemos dimensionar o fato. Hoje na
saída combinamos falar somente o indispensável mais mesmo assim escutei o trafego local.
Resolvemos então preparar uma alternativa em caso de nova ocorrência e deixamos
para falar na frequência somente depois de 40 km de Mendoza. Mesmo assim não houve jeito pois depois de me identificar na
fonia compreendi que ela era utilizada por uma rede operacional de alguma
repartição/empresa e realmente estávamos causando algum transtorno. Fim do
assunto, mudamos de frequência.
Na saída de Mendoza paramos na
Bodega Chandon para uma visita e compras e foi um tempo bem gasto pois um grupo
ficou nas compras e outro fez a visita guiada. Muito bom evento. Seguimos então
para Pareditas onde faríamos um lanche e definiríamos o caminho a utilizar para
chegar a Malargue. Como não saímos tão cedo de Mendoza e ainda fizemos a visita
só chegamos as 13:00 horas e para nossa sorte no único e pequeno posto de
abastecimento da cidade tinha um comedor/restaurante muito bem arranjado e que
servia um sanduiche de pão, presunto e queijo de melhor qualidade. Só para ter
ideia ela dava tranquilamente para duas pessoas. Pão muito gostoso e um
atendimento muito simpático por parte de duas senhoras. Depois soubemos que o
local já é conhecido por estes aspectos.
Decidimos então ir direto pela
Ruta 40 que teria o maior trecho de terra/rípio mais seria o mais curto em km.
No inicio a estrada estava meio feia, com a vegetação maltratada e com alguns vestígios
de ocupação humana, mais depois de percorridos pouco mais de 20 km a exuberância
de vegetação local chegou para ficar. A atmosfera selvagem e você inserido
naquela imensidão dão uma sensação que somente quem la esta pode sentir. Comboio
rodando bem e de repente uma curva bem fechada com o inicio de uma das descidas
nos cânions para cruzar os cursos dágua. Uma rápida explicação. A estrada cruza
uma região que é cortada por quatro cursos d’água que correm cerca de trezentos
metros abaixo do nível do terreno, obrigando a estrada a descer pelas laterais
do terreno proporcionando um excelente visual mais a deixando bem sinuosa. Para
encurtar a historia na 1º canion a descida e subida estavam ótimas, só nos
preocupando e pegar ângulos para as fotos. No 2º canion algumas poucas erosões
já nos faziam ter mais atenção na estrada para evitar qualquer surpresa, Pois
bem, chegou o 3º canion e estava tão deteriorada a estrada com inúmeras erosões,
atoleiros e pedras soltas que nem me perguntem qual era o visual. Algumas
atoladas, sinalizações, caminhos alternativos e sangue frio nos tiraram da
situação. Minha preocupação agora seria com o 4º canion. O que ele nos
reservaria? Para nossa sorte somente muita pedra solta, o que a esta altura,
depois de mais de 100 km de estrada, nos já estávamos tirando de letra. Pelo
menos achávamos isso. Uma chuva forte armou mais não chegou a nos pegar e
finalmente depois de 3 horas de estrada já estávamos na reta final para El
Sosneado onde encontraríamos o asfalto. Papo vai papo vem e de repente na fonia
– Ih, o Orlando rodou !!!!. Apoio rapidamente chegando e ficou tudo só no
susto, porem com o alerta de que com as pedras soltas na pista estabilidade do
carro fica bem prejudicada. Finalmente depois de 4 horas completamos o trecho
muitos registros para mostrar aos amigos, histórias para contar e imagens, como a do Vulan Dyamante, que
vimos com nossos olhos que ficaram somente para que aqui esteve. Só para
registro, na chegada a El Sosneado muitos poços de petróleo funcionando com
seus cavalos de aço.
Pipi stop rápido no posto de
abastecimento e seguimos para os 50 km finais até Malargue em uma estrada
asfaltada da melhor qualidade. No hotel Malargue In Suites ótimas instalações e
uma animada aula de hidroginástica para relaxar a galera. A noite um jantar no
hotel temperado por uma rápida e forte chuva de granizo que assustou quem tinha
deixado o carro fora da garagem coberta.