A principal atividade para o dia seria
a travessia do Estuário do Rio da Prata a bordo do Buquebus Eládia Isabel. Com
a apresentação no porto marcada para as 07:30 e com o café da manhã do hotel
começando a 06:30 depois de uma noite curta devido ao show de tango, excelente
por sinal, na Esquina Carlos Gardel estava tudo ajustado nos minutos. Tudo
certo malas prontas, café tomado, quem estava pronto e abastecido partiu para o
porto e quem precisava abastecer tinha que ir rápido. Eis que de repente vem a
noticia. O carro da Maria Lucia/André esta com a bateria arriada. Como? A
bateria nova comprada em El Calafate já era? Bem a geladeira interna do carro
consumiu mais do que o previsto e o estraga estava feito. Vitor que normalmente
faz a chupeta já tinha ido. Pega fonte externa e nada, procura outro cabo e o estacionamento
esta escuro complicando as coisas. Bó chega com
o carro e encosta no lado para fazer a chupeta e ..........nada.
Deixamos a chupeta armada para carregar a bateria e vamos procurando outras
alternativas. Guilherme e Orlando vão logo abastecer. Finalmente na enésima
tentativa o carro pega e vamos rápido para o posto. Pelo zap zap recebemos a informação do Demir, que
iria na barca rápida com partida mais cedo de que o serviço era lento e sem
maiores atropelos. Vitor de lá fala pelo rádio que o cais esta vazio e ele é
praticamente o primeiro carro. Para finalizar o inicio acelerado do dia
chegamos todos a tempo para os tramites burocráticos e embarque no Buquebus.
No horário saímos para as três
horas de travessia que por sinal foi bem confortável pois o barco tem poltronas
bem arrumadas e várias mesinhas para você ficar conversando. Uma passada rápida
no Freeshop que tem os preços bem caros. Almoço na lanchonete pois no
desembarque em Colonia Sacramento não teremos tempo para nada, porque teremos que
rodar mais de 500 km começando pouco depois das 13:00 horas.
Começamos então nosso
deslocamento que andou bem apesar dos diversos pedágios onde a falta de peso
uruguaio com os participantes da expedição gerou diversas artimanhas para
conseguir pagar sem penalizar muito o cambio. Na verdade a melhor forma era
pagar em real pois com R$ 10,00 você pagava e ficava com o troco de 2 pesos. Só
para ter ideia o valor do pedágio era de 70 pesos uruguaios. Passamos em
Montevideo fazendo o contorno pelo litoral apreciando a bela paisagem. Paramos
para uma rápida foto e novamente fomos a estrada agora saíndo na direção de
Punta del Leste e depois pegando a Rota 9 direto para p Chuí. Já havíamos feito
uma parada pouco antes de Montevideo e fizemos a segunda em Rocha. A estrada
tranquila só causava alguma demora quando da ultrapassagens mais via rádio conseguíamos
acelera-la na maioria das vezes.
Já escurecia quando fizemos o
tramite burocrático na aduana uruguaia em Chuy e depois de uma demora inicial
fomos rapidamente liberados. Acho que o agente não gostou de ter sua conversa
no telefone interrompida pelos barulhentos brasileiros. Mais alguns poucos quilômetros
e depois de 27 dias rodando e mais de 12.000 km depois chegamos finalmente ao
Brasil. Satisfeitos pelo muito que fizemos mais com uma vontade danada de comer
um arroz com feijão, que por sinal foi o prato da noite no jantar do hotel.