4º DIA SAN FRANCISCO - MENDOZA

Depois de um dia cansativo e sem muitas opções para o jantar o Hotel Libertador em San Francisco atendeu bem as necessidades para o descanso. Acordamos cedo para o café da manhã sem muitas expectativas e acertamos. Café com Leche e media luna.Um suco de laranja e só. Café da manhã argentino e isso aí.

Na hora marcada partimos para o pouco mais de 750 km até Mendoza, inicialmente pela RN158 para Villa Maria onde faríamos nossa primeira parada para abastecimento. Tudo certo, comboio com arrumação privilegiando os carros mais antigos para poupar o motor na recuperação de velocidade e integridade do comboio após as ultrapassagens. Decisão bem acertada pois no trecho até Rio Cuarto passamos por inúmeras localidades, com sinais de trânsito que separavam bem os carros. A rodovia embora em bom estado também tinha um constante tráfego de caminhões e as ultrapassagens se sucediam. Em Villa Maria fizemos nosso primeiro reabastecimento e parada do dia. O Vitor ao fazer a calibragem dos pneus encontrou um prego enterrado que por sorte não fez o pneu vazar. Esta região é grande produtora de grãos e existem muitos complexos para estocagem e transporte e as cidades orbitam junto as grandes estruturas. No trecho mais uma abordagem policial resolvida com o procedimento padrão.

Chuva leve e intermitente até Rio Cuarto onde o GPS tentou uma pegadinha. No uso do GPS não gosto de colocar logo o destino final pois  fica mais difícil controlar a navegação, normalmente vou de ponta a ponto em pequenos trechos. Excepcionalmente coloquei uma cidade grande mais a frente e quando contornando Rio Cuarto e GPS determinou uma entrada a direita que chamou a atenção por ser diferente do que as placas da estrada informavam. Comboio grande, sem muita manobra segui a indicação já que dentro do grupo os diversos aparelhos davam ambas as opções. Por sorte era Cristina que dirigia e consultando o velho mapa percebi que estávamos indo para o ponto certo mais por uma estrada que não era a escolhida. Alto na turma e retornamos para a segunda indicação que era a que realmente estava planejada. Com este baba rolando o Sylvio resolveu seguir sua indicação de GPS e seguiu individualmente para Mercedes. Com tudo equacionado seguimos bem pela RN8 onde na divisa entre as Províncias de Córdoba e San Luis fomos parados em um controle policial. Procedimento padrão adotado e tudo liberado para o comboio. Depois viemos saber que ao passar individualmente por este posto o Sylvio deve que apresentar toda a documentação a fiscalização.

Chegamos a Mercedes pouco depois das 14:00 com fome e paramos no posto YPF da ACA onde pudemos comprar sanduiches, sorvetes e agua saborizada. Nesta hora faz muita falta um salgado ou espetinho de frango quente pois por aqui só produtos de geladeira. Logo depois encontramos o Sylvio que se reincorporou ao comboio.

Tínhamos agora pouco mais de 300 km para fazer por auto pista (auto estrada com duas faixas por direção) até Mendoza com previsão de chegada para 19:15. Só nos restava então a acelerar com um alegre e movimentado papo rádio. Passamos por São Luis sem problemas com o tempo firme e sem possibilidade de chuva. Como previsto em Desaguadero, divisa das Províncias de San Luis e de Mendoza pagamos um pedágio de 15 pesos e passamos por mais dois controle policiais. No de San Luis o policial até mostrou um certo interesse nas averiguações mais ao ser informado que o comboio era de 13 carros deu uma esticada para tras no pescoço, olhou a fila de carros e falou a palavra mágica – adelante. Seguimos para o controle de Mendoza que também não incomodou. Fizemos uma rápida parada para pipi stop, esticar as pernas e um lanchinho e de volta a estrada mais uma barreira sanitária. Pagamos agora 40 pesos as camionetes e 25 os demais carros e seguimos em frente. Estada em ótimo estado, tempo bom e tudo tranquilo chegamos ao próximo pedágio que por motivos que não ficaram bem claros, não estava sendo cobrado. Economizamos 8 pesos. Já chegando a Mendoza uma operação policial na estrada parou o comboio e aleatoriamente solicitou documentos e no meu caso pediu para ver o extintor. Mostrei logo dois e fui liberado. Para os demais também deu tudo certo. O engraçado e que um dos parados foi o Ilhan, irmão do Demir, que não fala português nem portunhol e depois de um papo sem se entender com a policial foi logo liberado.

Por fim passando das 19:00 horas chegamos a Mendoza, com bastante tráfego local, e entramos na cidade. Por sorte nosso bem localizado hotel foi fácil de ser encontrado apesar de três voltas nos quarteirões adjacentes para acertar o nº do hotel e parar em frente para o desembarque das bagagens. Depois foi só deixar o carro na ‘La Playa Don Tito’ e se preparar para a janta. O hotel como esperado de excelente padrão e só não resistiu a confusão que Cristina fez com a numeração dos quartos que fez com que dois casais ocupassem o mesmo quarto. Confusão desfeita e tá tudo certo. Na janta um chouriço com papas fritas da melhor qualidade encerrou o dia com chave de ouro.

Total de km no dia foi de 766 e a jornada começou as 07:45 se encerrando as 19:25.