Acordamos cedo com um barulho
entre as barracas e um Tamanduá Mirim passeava por lá. Fotos e vamos começar o
dia depois de uma noite bem quente que incomodou alguns, no meu caso o
ventilador cumpriu bem o seu papel e dormi muito bem. Arrumamos todo o lugar e
depois do café da manhã ensacamos todo o lixo já que tem sido um procedimento
do grupo não deixar o lixo para trás, pena que outros não tenham o mesmo
cuidado porque temos visto muito lixo espalhado, não só próximo as porteiras
como também em locais utilizados para acampamentos ou refeições. No nosso caso
recolhemos tudo e levamos até um local onde o descarte possa ser feito com
segurança. Neste dia o encarregado da fazenda autorizou que deixássemos lá o
nosso lixo. Depois das despedidas seguimos em frente para 160 km previstos até
o Porto Santa Amália onde nos encontraríamos com a balsa que nos levaria a
Porto Jofre. O nosso guia não fazia o percurso a algum tempo e atualizou as
informações com o pessoal da fazenda nos foi sugerido um trajeto mais direto que nos economizaria alguns quilômetros e
consequentemente o precioso diesel que consumíamos. Vamos lá e já na saída da
fazenda seguimos uma estrada mais a esquerda do que devíamos e vamos andando
por trilhas e vazantes até chegar a uma fazenda, identificada como sendo a
Auxiliadora, desculpe o trocadilho mais ela não nos auxiliou muito não pois
pegamos mais informações e voltamos para pegar o caminho para outra fazenda.
Chegamos lá na São Jorge e mais informações e lá fomos nós para encontrar o
caminho. Andamos um bocado e chegamos a uma fazenda que não era a que queríamos.
Informação dali, pergunta de cá e um peão sai de moto da fazenda e nos leva até
a porteira certa, de onde devemos seguir para a fazenda que queremos. É o que
acontece e com mais dicas dos locais seguimos adiante até que a chuva chega e
pelo rádio o guia informa que não é a estrada certa. Estrada? No caso uma
trilha mais ou menos marcada que a chuva cobre com facilidade. Voltamos um
pouco e achamos o caminho certo e enfim chegamos a fazenda certa. Conversa com
o pessoal, caminho indicado e lá vamos nós. Vamos mesmo? Não dá dois minutos e
o pessoal da fazenda vem correndo pelo campo para dizer que passamos do ponto
de saída, onde entraríamos em um capão com a estrada bem fechada. Identificado
o ponto entramos no capão e mais a frente uma surpresa. Uma Toyota Bandeirante
com caçamba de madeira fechava a trilha. Ela estava com problema mecânico e estava por lá aguardando uma solução sem
ninguém por perto. Quem precisava de uma solução era o nosso comboio que
alargou a trilha e passou sem maiores problemas, que não fosse o tempo perdido
e os quilômetros já rodados a mais. Olha o diesel acabando. Neste capão outra
surpresa foi o aparecimento de um lobo Guará. Neste dia o bicho do dia foi o
jacaré que apareceram maior número e principalmente de tamanho G e GG.
Escolhemos um local para almoço próximo a Fazenda Lisboa já passando das 12:30
horas, sombra boa e cada um se virou nos trinta pois a matula finalmente havia
acabado. Com uma pesada chuva se formando nos colocamos em marcha novamente
passando pelo Retiro São Gonçalo, Fazenda Tarumã até chegar a Fazenda Uval, uma
grande propriedade da área onde passaríamos apenas pelo Retiro Carvalho,
Fazenda Santa Amália e por fim ao Porto Santa Amália. A chuva já havia passado
e faltando poucos quilômetros houve um relaxamento geral, onde fizemos muitas
fotos e alguns clipes com os caros em movimento. Na saída do Retiro Carvalho
mais um desvio de rota e mais 10 km desperdiçados. Já na trilha certa chegamos
a Fazenda Santa Amália e faltando apenas 12 km para o destino o peão da fazenda
nos indica a trilha a seguir. Já era final de tarde, o tempo não estava muito
firme e com o auxilio do GPS e da carta de navegação aérea CAP ia acompanhando
n a navegação e não estava gostando de ver o GPS me indicar que eu estava
andando para o Oeste e me afastando do ponto onde queria chegar. Comunicação
para lá e para cá chegamos a uma bifurcação que não estava prevista na
informação do peão da fazenda, como queríamos ir mais a direita este foi o lado
que escolhemos e depois de passar por uma estrada bem escorregadia e molhada
chegamos a uma grande fazenda com pista de pouso e um avião no hangar. Onde queríamos
chegar? Porto Santa Amália. Onde chegamos? Sede da Fazenda Uval. Já eram 18:00
horas, escurecendo e chovendo com os carros sem diesel para desperdiçar. Nosso guia reconheceu o lugar e propôs voltarmos
para achar o caminho certo e encontrar a balsa. Teríamos então que andar a
noite e gastar mais combustível para chegar em um ponto do rio sem nenhum apoio
que não fosse a balsa e o mais importante, o ponto em que estávamos era abaixo
do ponto onde a balsa estava, era só ela descer para que embarcássemos.
Conversa com o guia e com o capataz da fazenda que também nos informou que o
proprietário e sua esposa estavam presentes. Fomos então a ela que nos deu todo
o apoio e facilitou a comunicação com a balsa para que esta no dia seguinte
pela manhã nos pegasse naquele ponto. Por fim a hospitalidade pantaneira esteve
presente mais uma vez e nos convidou para o jantar (10 pessoas de repente) e
franqueou uma varanda para que passássemos a noite. No decorrer o proprietário,
Sr. Ivanildo chega e também nos recebe muito bem apesar dos transtornos que por
certo causamos. Alimentados e de banho tomado dormimos logo pois para o dia
seguinte a orientação era acordar cedo para liberar as instalações da casa e
aguardar nos carros a chegada da balsa para o embarque.
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