quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DIA 12 NOV - AQUIDAUANA - POUSADA CABURÉ


Acordamos cedo no Fenix Hotel, com ótimas instalações e um bom café da manhã. Compra indispensável de gelo para as bebidas, achamos em barra em uma casa de iscas para pescadores, nos deslocando em seguida para a Estação Ferroviária, onde fica a agência que esta nos apoiando e onde embarcaríamos o guia. A matula estava pronta e as 08:00 horas estamos entrando na BR 419 para os primeiros 58 km do dia. Estrada boa, com muitas pontes de madeira, algumas em bom estado e outras nem tenta assim. Conversa vai conversa vem, e o nosso guia também piloto aqui no pantanal  vai  contando historia e passamos de entrada cerca de 15 km. Manobramos e voltamos até a fazenda onde entraríamos para a Fazenda Baia Negra, onde existe um a ponte para cruzar o Rio Negro. Apoio por estas paragens é nenhum e para o tradicional pipi-stop paramos  em um capão, protegido do pasto aberto, e .... problema resolvido.

Seguimos cruzando varias fazendas e por conseqüência inúmeras porteiras, mata burro por aqui é raridade, então o trabalho de abrir e fechar as porteiras é intenso e o Luiz que vinha fechando o comboio passou a tarefa para o Felipe e Patrícia. Piso de areia sem maiores dificuldades e estamos cruzando o pantanal do Rio Negro, ainda sem grandes áreas abertas e por conseqüência sem grandes visuais. Avistamos algumas capivaras, antas e pássaros diversos, inclusive araras azuis. Pouco antes de chegar ao Rio Negro, ao cruzarmos  uma porteira o guia observa um bezerro preso a cerca, caído no chão. Ele foi lá e com algum jeito conseguiu soltar o bezerro que saiu em desabalada carreira, andando de lado e caindo toda hora até chegar a sua mãe e começar a mamar. Boa ação feita e lá fomos nós com muito calor até a ponte. Chegamos lá e a ponte a principio parece insegura pois perto de uma das cabeceiras um sapata afundou, criando um desnível na ponte. Vistoriamos a ponte e com tudo tranqüilo  armamos o esquema para as fotos e filmagens e passamos rápido pois ainda faltavam 125 km de caminhos entre as fazendas. Só para ter uma idéia das voltas que iríamos dar, a distancia em linha reta para a Pousada Caburé era de 72 km. Seguimos em frente já esperando a hora do rancho e saímos da área do Rio Negro para o pantanal da Nhecolandia e visual começa a mudar o visual com muitas pastagens e baixadas. Os animais vão marcando presença  e as oportunidades de fotos vão se multiplicando. Passando de um aterro, local onde a estrada passa um pouco mais alto para ser transitável na maior parte do tempo, paramos embaixo de umas arvores para o esperado almoço. Caçamba aberta, matula servida e todos se deliciam com um excelente arroz de carreteiro com farofa de lingüiça e sobremesa doce de leite ou geléia de mocotó. Poderíamos ter ficado mais tempo por ali porem a nossa velocidade de deslocamento era muito baixa, cerca de 19 km por hora, não só pela condição da estrada como pela paradas nas porteiras e fotos. Seguimos em frente agora com o Jorge e Thiago fechando as porteiras e a estrada alternava campo aberto e capões fechados. O tempo foi fechando e quando chegamos na Vazante do Castelo, lugar belíssimo, com muitos animais e algumas lagoas com jacarés o tempo fechou de vez e a chuva caiu forte. Fomos seguindo devagar com o piso bem escorregadio pois estávamos em cima de um pasto natural bem baixo e liso, fazendo o deleite dos mais afoitos com o carro deslizando de um lado para outro. Muitas fotos e filmagens depois, cruzamos um pequeno curso d’agua e a chuva foi passando e deixamos a vazante para trás. A  estrada continuava e nossa progressão continuava lenta e começamos a ficar preocupados com a nossa hora limite de chegada que era 19:00 horas, estipulada pela administração da pousada. A minha preocupação porem era outra. O meu limite era o por do sol pois se havia uma certa dificuldade em identificar o caminho com a luz do dia com a noite as dificuldades seriam muito maiores. Chamada geral no comboio para apertar o passo e o deslocamento ficou mais emocionante até chegarmos a uma fazenda onde depois de cruzar pela enésima porteira erramos a entrada, pegando o caminho para um cocho. O nosso guia, Sr. José dá uma olhada para o lado e dá uma direção. È por aqui mesmo. Pura emoção, nove carros  cruzando um pasto com algum gado sem nenhuma referencia visual. O GPS só dava a referencia de distancia em linha reta, cerca de 10 km, e mantendo um certo rumo fomos seguindo com o pasto por vezes chegando a altura do capo do carro, tento que ter o cuidado de desviar dos cupinzeiros. Nesta hora me senti, e acredito que todos, realmente desbravando um caminho off Road, não pela dificuldade de piso, e sim pela total falta de referência. Fomos avançando até que chegamos a uma cerca onde porem faltava a porteira para passarmos. Comboio parado para economizar combustível pois a Pajero de Claudio Rui já se aproximava da reserva, sai seguindo a cerca em uma direção e o Luiz seguindo em outra até que ele achou a porteira. Chamada no rádio e todos seguem rápidos até a porteira onde seguimos a trilha marcada. Pouco depois porem nova duvida sobre se estávamos no caminho correto e a tática é repetida. Comboio parado saio novamente para um reconhecimento e não achamos outro caminho se não o que estamos. Vamos andando e o guia reconhece o caminho e avisa que depois da curva tem que ter uma porteira. Já estávamos cansados de tanta porteira para abrir e fechar porem esta foi especialmente esperada. Fazemos a curva e lá esta a porteira para alívio geral. Já eram quase 18:00 horas, faltando pouco mais 8 km e chegamos a Fazenda e Pousada Mangabal, bem próxima da Vazante do Mangabal, acelerando partimos quase em linha reta para a muito esperada Pousada Caburé onde chegamos as 18:00 horas.

Resumo do dia: Andamos 302 km em 10 horas de jornada com muito calor, chuva intensa e belíssimas paisagens. Tudo nos extremos. Bem pantaneiro mesmo.

Na pousada fizemos o sorteio dos quartos pois não havia acomodações para todos com ar condicionado e Seu Carlos, Renato, Gaguinho, Felipe e Patrícia são felizardos.
O sino toca e o rancho é servido e todos vão fundo no delicioso jantar cujo o prato principal e um porco montero. Não deve ter sido um dos inúmeros que vimos durante o dia.









 









 











 









 
 
 


 

Um comentário:

  1. Almirante, no meu dicionário não existe a palavra inveja, mas que adoraria estar com vcs adoraria. Psulo Rogerio.

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